Fístula Anal: Aparência, Complicações, Tratamentos e Laser

No tratamento da fístula anal, além da cirurgia clássica, ganha cada vez mais importância, a técnica com uso de laser de diodo, que oferece abordagem minimamente invasiva, preserva o esfíncter (e consequentemente a continência) e apresenta altas taxas de sucesso em estudos recentes.

• Como identificar uma fístula anal?
  
  Orifício externo: pequeno ponto de saída de secreção sanguinolenta ou purulenta na pele perianal (Sociedade Brasileira de Coloproctologia)
  Secreção constante: fluxo úmido com odor característico que pode manchar a roupa íntima.
  Inflamação local: vermelhidão, inchaço e dor ao toque (Mayo Clinic)

• Possíveis Complicações das fístulas anais
  
  Abscessos recorrentes: surgimento de infecção e coleções de pus repetidamente, se não drenadas da maneira correta (ASCRS Guidelines)
  Sepse local: expansão do processo infeccioso para tecidos vizinhos (World J Gastroenterol).
  Dor crônica: desconforto constante ao evacuar ou liberar gases (Cleveland Clinic).
  Fístula complexa: ramificações que podem surgir, dificultam a cura e elevam riscos dos tratamentos cirúrgicos (NHS Treatment).
  Impacto na qualidade de vida: limitação de atividades, dor ao sentar e abalo emocional (Guys and St Thomas’ NHS).
  
  
  
  
  
  
  

• Tratamentos
  
  A maior parte das fístulas anais requer cirurgia, mas em casos selecionados associados à doença inflamatória intestinal sem infecção ativa, pode-se utilizar agentes biológicos (ex.: infliximabe) antes da intervenção.
  
  Fistulotomia (fístula simples)
  - Técnica: abertura do teto da fístula, permitindo cicatrização de dentro para fora; padrão-ouro em fístulas que envolvem menos que 30% da musculatura do esfíncter anal (SBCP).
  - Sucesso: cerca de 95% de cura em uma única operação (Cleveland Clinic Fistulotomy), quando bem indicada.
  
  Técnicas para tratamento de Fístulas Complexas
  - Drenagem com Seton: dreno que mantém o trajeto aberto para drenagem e cicatrização gradual (FASCRS).
  - Retalho endoanal: cobertura do orifício interno com retalho de mucosa retal (eficácia ~70%)
  - LIFT: ligadura do trajeto fistuloso interesfincteriano, preservando a musculatura (Mayo Clinic) (e consequentemente evitando a incontinência fecal).
  
  Destaque: FiLaC™ (Laser Diodo)
  A técnica FiLaC™ usa laser de diodo radial de 1470 nm para selar o trajeto fistuloso, destruindo o epitélio e promovendo contração tecidual, com preservação muscular. Estudos relatam sucesso primário de até 81,8%.
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  

  
  
  
  
  
  
  
  
  

• Recuperação e Cuidados Pós-operatórios
  
  - Banhos de assento: água morna de 3-4 vezes ao dia, durante 10-15 minutos.
  - Fibras e hidratação: 25–35 g/dia e ingestão adequada de líquidos (no mínimo 2L por dia).
  - Curativos: manutenção da limpeza e drenagem.
  - Acompanhamento médico: remoção de seton e monitoramento de cicatrização.
  - Terapia com laser de baixa potência (Low-Level Laser Therapy, LLLT) tem se mostrado um recurso valioso como adjuvante no pós-operatório de fístula anal, acelerando a cicatrização, reduzindo o processo inflamatório e melhorando a qualidade da recuperação.
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
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